8 de junho de 2016

Pedaço de Mim - Avaliação

Escolhemos trabalhar a cena final da Ópera do Malandro e criar uma cena para a música "Pedaço de Mim" para a avaliação bimestral. Criamos uma coreografia que tem como tema central a atração e o afastamento, demonstrado pelos personagens durante a música. Optamos por trabalhar com movimentos leves, com algumas excessões:

Trabalhei a personagem da Teresinha. Busquei criar uma personagem com movimentos deslizados. Ela alterna entre ter o queixo projetado para cima e para baixo - pois é orgulhosa, mas ao mesmo tempo sente a perda do marido. Nadine e eu combinamos que a personagem teria um peso menor que o meu (em torno de 48kg). Além de emagrecer um pouco nas últimas semanas, trabalhei com movimentos leves para gerar a sensação de maior leveza. Minha sequência de movimentos é a seguinte:

  • Inicio em nível alto, abraçando a cabeça e ombros do Max.
  • Me afasto dele e, projetando o corpo para frente, estendo meu braço direito para frente alta.
  • Quando ele me abraça e sustenta em seus ombros, dou uma cambalhota para trás com as pernas e pés esticados, tensionando o abdômen para manter o movimento de deslizar.
  • Uso meu pé esquerdo como pivot e giro para ficar de costas para o Max. Então me ajoelho, projetando meu queixo para cima. Quando chego ao chão, abaixo a cabeça.
  • Quando o Max me levanta pelo queixo, inicio uma espiral da coluna para a direita começando pela cabeça até me levantar e ficar de frente para Max - meu peso na perna direita e a esquerda atrás na meia ponta.
  • Max levanta meus braços e eu, em um movimento homólogo superior, abraço ele pelo pescoço ao mesmo tempo em que arco minha cervical para trás.
  • Quando ele realiza a queda, projeto meu tronco para frente em sua direção.
  • Depois que ele se levanta, pulo em suas costa e ele me arremessa no chão.
  • No plano baixo, pivoteio nos meus ísquios usando impulso contra o chão dado pelas minhas mãos.
  • Depois que o Max me auxilia para levantar, fico com os braços abertos em segunda posição, faço um elevé com o pé direito enquanto faço um jeté com a perna esquerda e me apoio para trás.
  • Quando Max me pivoteia pelos braços, fico na meia-ponta no pé esquerdo enquanto o direito fica em coupé.  
  • Deslizamos as mãos pelos punhos e antebraços uns dos outros enquanto fazemos um movimento swingado com o tronco - projeto ele em movimento circular anti-horário.
  • Me afasto do Max com um movimento socado e fico na segunda posição paralela enquanto recolho o braço direito da periferia para o centro.
  • Em movimento deslizado projeto o braço direito em direção ao Max, acelerando um pouco quando chego perto dele, para fazer um contato-improvisação entre nossas mãos e punhos. E novamente recolho o braço direito da periferia para o centro.
  • Canto a linha "A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu".
  • Ando em homólogo inferior em direção ao Max e faço um movimento arcado com o braço direito no plano da porta e deslizo mão pelo rosto dele.
  • Então fazemos uma contração do tórax e um release em irradiação central.
  • Pivoteio no pé esquerdo, erguendo os braços para cima em quinta posição e deslizo eles para apoiar nos ombros de Max.
  • Em plano baixo, faço movimentos de contração em diversas partes do corpo a partir do estômago. Até o Max me levantar novamente.
  • Quando ele se deita de costas no chão, viro de costas para ele e caminho de costas e abaixo, me encaixando em suas canelas em forma tridimensional e erguendo os braços em primeira posição.
  • Quando ele dá um impulso, pivoteio na perna esquerda para que fique virada para
    Max e abro os braços em segunda posição.
  • Me ajoelho em cima dele e deslizo a mão esquerda pelo seu rosto, pescoço, braço e mão enquanto levanto.
  • Caminho para trás e termino de costas para a plateia.

1 de junho de 2016

Muitos ensaios


Essa foi uma parte da gravação que fizemos depois de criar a coreografia hoje. O processo de criação foi interessante pois, comparado ao tempo que levávamos para criar uma cena os sequencia de movimentos no primeiro período, foi muito rápido. Acho interessante perceber esse tipo de crescimento, pois não apenas conseguimos descrever, criar e reproduzir movimentos mais complexos, também conseguimos fazer isto mais rapidamente. 

Na verdade, já tinha percebido isto no trabalho passado, mas esta criação - em particular - caminhou em rítmo bem acelerado. Tinhamos a coreografia inteira criada em questão e algumas horas, enquanto que antes nos levava mais tempo para criar.

Agora temos mais tempo para polir a cena antes da prova. Antes, a criação acontecia até pouco tempo antes e não tínhamos tempo para desenvolver, deixar mais sofisticado ou melhor acabado. Filmar ajuda muito também, pois podemos ver em que movimentos precisamos focar e/ou mudar. :) 

11 de maio de 2016

Ioga como forma de aquecimento para aula


Estou adorando o uso de ioga como uma forma de aquecimento pra aula. A sequência que fazermos é legal porque trabalha com alongamento/flexibilidade, posições de resistência e movimentos aeróbicos. Nas primeiras semanas, fiquei um pouco dolorida no dia após a aula, mas comecei a fazer a mesma sequência em casa - ou no sábado ou no domingo, dependendo da semana - e então passou a ficar mais tranquilo. Consigo fazer os movimentos emendados com mais fluidez e nas posições de equilíbrio, sinto que consigo me manter bem melhor. Pra falar a verdade... sinto que podia ser até um pouco mais difícil. 

Na verdade, esses exercícios me lembram muito as aulas de "corpo" que tínhamos na universidade de Londres. Como aquecimento, também fazíamos uma sequência parecida com essa na aula. Lembro que, na época, era muito mais difícil lembrar da ordem das posições e não prestávamos muita atenção a "como o movimento era feito" (alinhamento do corpo e tudo mais...). Sinto que agora, pelas características da aula e pela minha própria maturidade isso mudou pra mim e consigo focar mais no que estou fazendo. 


Essa é uma foto que tirei da universidade que estudei lá. 
Embora o curso fosse bem legal, sinto que aqui as aulas,
acredite ou não são mais puxadas, especialmente as práticas.

4 de maio de 2016

Solos de Stuttgart


Adoro ter a oportunidade de assistir os solos de Stuttgart todo ano! Acho que é uma das atividades que mais gosto e aguardo mais ansiosa para ver... que me faz pensar que deveria assistir mais espetáculos da dança por conta, fora da faculdade, porque gosto tanto. :) Acho sempre impressionante o poder de expressividade do corpo no palco*. Sem falas. Só corpo. Creio que nós atores temos muito a aprender fazendo dança e trocando experiências com bailarinos. 

Inclusive, vou estabelecer algumas metas pra mim mesma:
- Depois de terminar o curso na PUC vou continuar fazendo dança... não sei que tipo ainda, mas vou. Com certeza.
- Quero assistir pelo menos 5 espetáculos de dança até o final do ano.
- Quero continuar assistindo os Solos após eu me formar. Eu, o Ezequiel e o Eduardo criamos uma pequena tradição de tirar uma foto todo ano (os três até hoje) no foyer do Guairinha antes da peça. Eis a foto desse ano:


*Este ano o solo que mais gostei foi o último, sobre o amor. A composição dele me tocou muito. Nunca tinha sido tão comovida por movimentos antes... Por um tempo fiquei achando que foi por causa do texto que ele tinha feito no início, antes de começar a dançar, mas depois assisti trechos daquela coreografia no vídeo acima e realmente é MUITO bonita e expressiva a forma com que o bailarino se move.


20 de abril de 2016

Dança Contemporânea - Avaliação

Fizemos uma composição de cena abstrata, inspirada em movimentos em espiral. Iniciamos como tema o início do universo, o big bang e depois a criação do homem e seus sentimentos. Utilizamos como inspiração e referência a coreografia de "Slip" por Phillip Chbeeb e Renee Kester.


Os meus movimentos na composição foram os seguintes:
  • Inicio sentada de pernas cruzadas e fazemos um rolamento pelo perímetro do braço, mantendo o resto do corpo em tônus, duas vezes.
  • Ficamos de cócoras e fazemos um movimento de irradiação central com um salto, utilizando também a coluna arcada para trás.
  • Pulamos para formar uma linha, em posição neutra. No tempo da música ergo os braços em movimento homologo superior, até ficarem em V (braço direito, direita alta + braço esquerdo, esquerda alta).
  • Começamos um movimento de enrolamento dos braços com início distal. Passamos para o centro do corpo e voltamos para a periferia oposta. Esse movimento inicia uma espiral pela coluna. O movimento encerra quando o corpo gira 180 graus. Repetimos novamente até retornar à posição inicial.
  • Abaixamos os braços lentamente e pulamos para formar uma cruz. Novamente voltamos de cócoras e repetimos o movimento de explosão - salto com irradiação central.
  • Faço um movimento inspirado na pirueta lápis, com preparação na quarta posição de jaza. Mantenho minha perna direita flexionada no joelho.
  • Corro em direção ao André e pulo nele, deixando meu braço direito na 5a posição do ballet clássico e pernas esticadas, em cinesfera grande. Até ele me abaixar em uma ponte.
  • Escorrego os calcanhares pelo chão até ficar com as costas apoiadas e abaixo os braços para a lateral do corpo pela periferia. Subo em posição de mesa e faço uma espiral a partir do pé, até ficar em prancha. Puxar o pés até as mãos e desenrolar a coluna.
  • Com o André, faço um movimento tipo arabesque com a perna direita para trás enquanto ele me gira pelos braços e me apoia em suas costas.
  • Trago as pernas para cima, fazendo uma cambalhota por cima de suas costas.
  • Faço uma pirueta en dehors em sincronia com os demais.
  • Pego a mão de André, quando me oferece, de forma deslizada e deixo que ele me puxe de forma socada. Deslizo o braço direito para acariciar sua cabeça e nuca e me apoio em seus ombros para me deixar tensionada para ser erguida.
  • Faço um rolamento por cima do corpo do André, com espiral iniciada pelo pé.
  • Quando ele levantar, me encolho ao seu redor de forma tri-dimencional e dou uma volta nele pelo plano da porta.
  • Quando ele dá uma cabalhota para trás, estico meu braço esquedo em sua direção e então faco um movimento swingado com o braço direito para me dar impulso para levantar em sua direção. Levanto e caminho em sua direção.
  • Corro em direção à Danielly, formando uma diagonal no palco, e fazemos um salto com giro no centro.
  • Ezequiel me vira e levanto ele com a mão em minha direção com um movimento deslizado e o empurro no peito, de forma socada.
  • Começo movimentos solos inspirados no exercício da gota, quando a gota tem contade própria e conduz o movimento, e na escrita universal. Quando encosto nos demais colegas iniciamos um contato improvisação, mas com movimento pulsados e espanados.
  • Por fim, terminamos sentados em cruz e deslizamos no chão para frente. Cruzo a perna direita por cima da esquerda com os dedos do pé esticados, viro, e começo a engatinhar até o André.
  • Terminamos todos em nível baixo, com as cabeças juntas.

13 de abril de 2016

Nosso aquecimento

Semana passada realizamos nosso aquecimento com a nossa turma na aula de dança. Foi interessante realizar a atividade em grupo porque nunca tinha feito isso antes. Quer dizer - já tinha puxado aquecimentos antes: no escoteiro, em ensaios, dando aula... Mas nunca fiz em grupo, então auns dos erros que cometemos (de falar um atravessado com outro) é mais difícil de prever. Parece que há uma "afobação" geral do grupo por algum motivo.

Na próxima vez, quando for fazer um aquecimento que não seja sozinha, passarei o "roteiro" com o grupo pra que haja mais segurança e confiança entre os membros.

Gosto muito do aquecimento das 12 articulações, então já pedi logo no início para "comandar" este. Ele é rápido, sucinto, fácil de lembrar (embora eu tenha esquecido de trabalhar os movimentos circulares na articulação do tornozelo em sala). :)

6 de abril de 2016

Uma Noite na Broadway

Fizemos uma pequena amostra pelo Broadway no Centro Paranaense Feminino de Cultura na última sexta-feira chamada Uma Noite na Broadway. Encenamos pequenas cenas - ou grupos de cenas - de diversos musicais, como Grease, A Chorus Line, Rocky Horror, South Pacific, West Side Story, etc. 

Foi muito divertido - embora tenha sido muito corrido (quando que não é?!). Fiz um solo em "Nothing" de A Chorus Line e cantei também em "What I did for Love", do mesmo musical; "I'm going home", Rocky Horror; "I feel pretty", West Side Story; e "Those magic changes", Grease. Infelizmente não temos fotos do Chorus Line, mas o resto está abaixo:





Como eu fazia bastante coro em diversas cenas no showcase, foi legal poder focar na minha presença cênica no segundo plano. Novamente, cuidei especialmente da minha postura durante as músicas e acho que isso surtiu um efeito legal na plateia. Uma professora de dança, nova na escola veio me elogiar depois e me disse que eu fico "bonita" em cena e que "cresço" no palco. Tomei o elogio como uma bússola apontando a direção certa, mas sei que ainda tenho muito o que crescer e desenvolver até chegar lá. =D