2 de abril de 2014

O CORPO e seus EGOS

No post de hoje queria compartilhar a minha reação à prova da primeira unidade do semestre. A proposta dada pelo professor era "apresentar uma pequena composição de uma cena dramática com duração entre quatro (04) a seis (06) minutos. Essa composição deverá incluir obrigatoriamente a utilização dos princípios de Expressão Facial, Organização Corporal, e Ações Físicas." Logo abaixo poderá ver o vídeo da apresentação em sala e em seguida minha explanação/reação. 

A proposta de nosso trabalho foi criar e apresentar uma cena dramática com duração curta com foco nos princípios de expressão facial, organização corporal, e ações físicas. Pudemos escolher entre criar as ações físicas em cima de uma história ou criar a história a partir das ações. Escolhemos utilizar uma mistura de ambos os processos: decidimos um tema central para a cena e começamos improvisar ações em cima deste, criando movimentos e imagens, e depois ajustar a história para que houvesse coesão no grupo.
Tivemos a ideia desse tema a partir do símbolo para corpo (8), que se parece com um símbolo de infinito (∞) em pé. Portanto, o tema central foi a infinidade do corpo em contraponto aos seus limites. Tivemos então a ideia de criar um personagem CORPO que se desenvolve e quando chega até a contralateralidade, começa a desenvolver autoconsciência e se reprimir. Os atores repressores seriam retratados como EGOS: a VERGONHA, a RAIVA, o MEDO e a PREGUIÇA. No final da cena idealizamos uma união de CORPO e EGOS para que todos virassem um só. 
A criação do meu personagem, a VERGONHA, foi um desafio. Entro em cena com o corpo neutro e crio o corpo da VERGONHA apenas quando o personagem CORPO chega ao estágio de desenvolvimento contralateral. Procurei estudar os PNB e incluir apenas aqueles que faziam sentido com o personagem.
  • Respiração Celular: procurei estabelecer uma respiração rasa, o enchimento e esvaziamento aparente apenas na parte superior do tórax, pois a respiração diafragmática na barriga pode ser considerada deselegante e motivo de vergonha para meu personagem.
  • Homólogo: procurei transparecer a timidez também na postura. Organizei meus pés para que a pisada do personagem posse voltada para dentro, com os dedos apontando para o centro. E a rotulação dos ombros e braços para frente, um pouco corcunda, fechando o peito para a plateia.
Busquei também estabelecer uma expressão facial que passava a ideia de vergonha. Com o auxílio de maquiagem para tornar minhas bochechas mais avermelhadas, trabalhei as sobrancelhas arcadas no centro da testa e a boca tensa.
Minhas ações consistem em deixar o CORPO envergonhado de seus movimentos “absurdos”. Trabalhando um conceito de esvaziamento, para que ele fique menor e encolhido, e trabalhando o homólogo: as mãos dele escondendo o rosto e o sexo. 

Esta cena foi também apresentada em um evento beneficente do Colégio Internacional de Curitiba, postarei fotos em breve. 

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