25 de agosto de 2015

Resenha Crítica - Quebra Nozes

Para hoje, assistimos o espetáculo quebra-nozes e elaboramos uma resenha (individual) sobre o que vimos:


Gostei muito de ter assistido. ;) Mas fiquei com um pouco de receio de escrever a resenha porque sei que não tenho muito conhecimento de dança, afinal... tivemos somente um mês de aula. Mas em todo caso, foi essa a minha reflexão:

Quebra-Nozes: Uma manifestação de virtuosismo e expressividade 
Obra: EUROARTSCHANNEL. Piotr Tchaikovsky: The Nutcracker - Ballet in two acts (HD 1080p).

O espetáculo "The Nutcracker", apresentado pelo Mariinski Theatre Ballet Company e Symphony Orchestra, disponibilizado online pelo EuroArtsChannel, é uma obra encantadora. O esforço conjunto de Valery Gergiev, Vasily Vainonen, Benjamin Tyrrell, respectivamente maestro, coreógrafo, cenógrafo e figurinista, resultou em uma peça cativante. 

Apresentado pela primeira vez no mesmo teatro em 1892, o ballet conta a história de uma noite de natal na casa da família Stahlbaum. Clara Stahlbaum (Alexandra Korshunova), menina entre 10 e 12 anos, recebe de seu padrinho Drosselmeyer (Fyodor Lopukhov) um boneco quebra-nozes, do qual ela imediatamente passa a gostar. O primeiro ato termina com Clara adormecendo e entrando em um sonho, em que ela é salva pelo boneco quebra-nozes (Pavel Miheyev) de um grupo de ratos. No segundo ato, continuamos o enredo onírico da menina, mais velha no sonho, agora interpretada pela primeira bailarina Alina Somova, que é guiada pelo principe quebra-nozes (Vladimir Shklyarov) no reino dos doces. Clara se depara com diversas figuras como dançarinos espanhois, russos, chineses e árabes. Então se depara com um corpo de baile, que leva ao desfecho da obra. 

A obra traz um contraste interessante entre o realismo do primeiro ato, em que encontramos a família de Clara e os convidados em sua casa, e o segundo ato, em que nos deparamos com seu mundo dos sonhos. Ambos os instantes são encantadores tanto pela interpretação dos dançarinos quanto pelos riquíssimos cenários e figurinos. Em especial, o segundo ato consegue trazer para o palco, pela união destes componentes e uma coreografia estilizada, a fantasia da garota. Pode se reparar pela mudança de endumentária do corpo de baile que passou a vestir rosaclaro e as bailarinas de tutu romântico. A coreografia de entrada do pas de deux dos primos bailarinos remeteu bilhantemente a sensação de vôo de Clara em seu sonho. Foi uma apoderação inteligente de um efeito clássico do ballet para enriquecer a narrativa. 

Alguns pequenos erros de câmera filmagem do espetáculo como quando o primeiro bailarino é tampado pelas dançarinas no início do segundo ato nos lembram que o espetáculo foi produzido para ser assistido ao vivo. No entanto, os editores tiveram bom gosto na escolha de movimentos durante a edição da versão em vídeo e a gravação é de ótima qualidade. Tanto que, no início do primeiro ato, é visível o quadriculado do projetor, utilizado para dar o efeito de neve caindo, no corpo dos bailarinos e no cenário. 

Bela tanto pelo virtuosismo dos bailarinos quanto por sua capacidade expressiva que torna a narrativa atraente, a obra é interessante para público de todas as idades, frequentantes ou não do ballet. 

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