17 de novembro de 2014

Prova: O Espaço (de trabalho)

A nossa cena foi baseada na ideia da repetitividade do cotidiano no trabalho. Buscamos trabalhar com movimentos controlados durante a parte em que estavamos todos trabalhando. Nesta parte, fazemos todos os mesmos movimentos:

- Andamos utilizando um movimento contalateral, alternando braços e pernas nas posições "frente-baixa" e "trás-baixa".
- Paramos em posição neutra. E então movemos o braço direito, utilizando a ação básica "empurrar". Paramos com o braço para a direita, direita-frente, frente, frente-alta (como na saudação nazista). Então esquemos o braço esquerdo na mesma posição e dobramos e esticamos os joelhos. Estes movimentos são arcados.
- Voltamos à posição neutra. Então juntamos as mãos na frente do tórax e mantemos os cotovelos voltados para fora. Alternamos crescer e diminuir na vertical.
- Retornamos ã posição neutra e "bate o sinal".

Nesta hora, os trabalhadores param os movimentos mecânicos e começam a se mexer de forma mais flúida, orgânica. Eles se interagem, como se estivessem no intervalo do "cafézinho" e começam a se comportar como animais, simbolizando o lado selvagem que temos. Cada um expressa seu "bicho" de uma forma:


Julia:
MOVIMENTO HOMÓLOGO:
CINESFERA PEQUENA na parte superior
CINESFERA GRANDE na parte inferior
        DIREÇÃO das pernas: esquerda-baixo e direita-baixo
NÍVEL: ALTO-MÉDIO


Então retornamos ao primeiro padrão, repetindo os movimentos mecânicos, de trabalho. As ações terminam mais uma vez em um sinal, quando os trabalhadores se despedem, de forma fluida e orgânica e voltam para casa.


10 de novembro de 2014

As direções e linguagem de semáfora

Uma coisa a qual me remeteu a aula de hoje, a utilização das diferentes direções, é a linguagem de semáfora. 


"A semáfora é um sistema óptico de sinalização baseado nas diversas posições que duas bandeirolas coloridas podem assumir quando empunhadas pelo transmissor. Na terminologia semafórica, cada caractere (que pode ser uma letra, um numeral ou um sinal de serviço) é representado por uma posição diferente das bandeirolas, formando, assim, um alfabeto próprio." Fonte: http://acampamento.wikidot.com/semafora

Aprendi a usar a semáfora quando estava no escoteiro. E os movimentos que estávamos explorando em sala de aula me lembraram isso imediatamente. A letra A, por exemplo, se faz com o braço direito para a direita-baixa e o esquerdo para baixo. A letra B se faz com o braço direito para a direita e o esquerdo para baixo.

Uma coisa interessante da semáfora é que se vê o oposto do que está sendo feito. Tem que se saber ler de frente, mas tem que se pensar o contrario para fazer corretamente, como ler e escrever braile. =)

3 de novembro de 2014

Teatro no Ensino Médio

No dia 03/11 tive que faltar a aula, pois precisava terminar os preparos para o meu projeto de pesquisa, que foi realizado no dia seguinte em um colégio público no centro. 

Dei uma aula de história usando elementos teatrais. Achava que os alunos seriam mais desenvoltos do que foram. Precebe-se o quão importante é todo o processo que temos com o corpo - nas aulas de movimento, de linguagem corporal, e improviso - para o desenvolvimento e criação de novos padrões de movimento. Senão, mesmo que dado a oportunidade de inovar ou de sair do cotidiano, sempre faremos os mesmos movimentos, as mesmas ações. =(

27 de outubro de 2014

Passando entre dois colegas (2a edição)

 Faz muito tempo que não fazemos esta atividade. E - é verdade - enferrujamos muito desde então. Não me lembro quantas vezes fizemos a atividade no primeiro semestre, mas lembro que eramos ao menos decentes. Agora, depois de alguns meses, retornamos a fazer a atividade e tombamos um com o outro, perdemos agilidade, enfim... Foi uma nhaca.

Queria saber quanto tempo demoraria pra voltarmos para o rítimo anterior. Será que seria mais rápido do que levou no semestre passado? Será que levaria o mesmo tanto? Não sei que tipo de memória acessamos pra armazenar este tipo de habilidade. É coordenação motora? Noção espacial? Interacção interpessoal?

Clique na imagem abaixo para ver uma postagem que achei em outro blog que oferece 3 dicas de melhorar a memória motora (infelizmente, ele é em inglês, mas pra isso existe google tradutor): 



20 de outubro de 2014

Santa Gota

Com toda a sinceridade do mundo: estou cansada da gota. Eu entendo que é importante fazermos o exercício para estimular o nosso corpo e retomar a forma fluida antes de interagir com o espaço a nossa volta e com os outros.

É dificil fazer os exercícios todos os dias da aula e levá-los a sério de vez em quando. Parece que o meu cérebro desliga um pouco as vezes, quando estou fazendo.

Acho que a pressão de final de ano está me deixando impaciente... espero que semestre que vem consiga voltar as aulas mais recuperada e paciente. ='(

13 de outubro de 2014

Recesso e History Boys

Como não temos aula hoje, devido ao recesso do dia dos professores, decidi falar sobre uma cena de um filme que estou assistindo com meus alunos de inglês.

O filme, na verdade, era originalmente uma peça de teatro, que foi transformada em filme. Encontrei no YouTube, a mesma cena na peça (link aqui). Infelizmente, não consigo colocar o vídeo no blog por causa das permissões do publicador.

A cena do filme é esta:



Pode-se ver que na cena da peça cruz axial não muda. A frente é sempre a frente da plateia - os atores precisam tomar mais cuidado para que o espectador sempre veja as ações. No entanto, na transposição, a cruz axial muda, pois a camera pode-se posicionar em diversos lugares, para o espectador poder ver as ações de diversos angulos - e não apenas um só. 

Nesse ambito, o diretor do filme é muito mais livre para criar a marcação da cena. Entretanto, cria-se também muitas outras variantes no cinema, o que deve torná-lo muito mais dificil de dirigir. =)

6 de outubro de 2014

Nossa geometria sagrada


Uma das coisas que mais me chamou atenção nos vídeos que o professor pediu para que assistíssemos para a aula foi a menção de geometria sagrada. Achei muito estimulante o fato de que não existe muito estudo em relação a geometria sagrada quando se fala de movimento - na dança e no teatro - como existe na pintura, na música, na escultura...




Acho que seria uma proposta muito boa: trabalhar e desenvolver algum estudo da geometria sagrada corporal. Até pensei em desenvolver algo nessa linha para a nossa prova no final do bimestre, mas acho  que estaria sendo muito ambiciosa, e não conseguiria demonstrar tudo o que aprendemos em apenas 6 minutos.

Mas acho que seria um trabalho a se desenvolver no futuro!





29 de setembro de 2014

A Lanterna Mais Mórbida do Mundo

Achei interessante a diferença que sinto enquanto eu faço o exercício da lantena e quando eu assisto aos outros fazendo o exercício:

- Quando eu fazia os exercícios anteriormente eu me imaginava em um vazio, um nada. Os meus fachos de luz continuavam meio à infinitude e não sentia um sentimento predominante. Me sentia neutra, nem feliz, nem triste, nem dolorida...

- Quando eu vi outros, eu imediatamente visualizei/criei um sentimento no conjunto. Eu imaginei uma cena do submundo, com almas sofrendo e agonizando e se mexendo. Não sei se foi a música, ou se foram só os movimentos... Mas foi isso que vi. :/ Colocarei o vídeo abaixo dos meus colegas para eu poder ver na posterioridade e ver se tenho o mesmo sentimento ao assistí-lo. :)



22 de setembro de 2014

A razão porque eu faltei no dia do feedback

No dia do feedback das nossas avaliações, tive que fazer segunda chamada de uma prova de Produção e Recepção de Texto, normalmente na sexta. Tive que fazer a prova na segunda, no horário da aula, porque na sexta estava trabalhando: sou professora de inglês no Centro Europeu. Duas vezes por semestre, dou as aulas de Sabor na Ponta da Língua (aulas de inglês na cozinha). 

Gostaria de aproveitar a deixa pra falar sobre os movimentos dentro da cozinha. Os movimentos na cozinha normalmente involvem apenas uma kinesfera pequena ou média. Exige-se muito da coordenação motora fina para cortar os insumos e montar os pratos. Assim como na dança, no esporte, ou na música, é necessário repetir e praticar os movimentos para atigir a precisão e a perfeição:




Também utiliza-se a kinesfera média em movimentos que exigem prática, como no saltear de alimentos:


15 de setembro de 2014

Prova - Formas de relacionamento corporal

Formas de relacionamento corporal

Atividade Proposta: Cada grupo deverá entregar, antes da sua apresentação prática, uma (01) cópia digitada e impressa do relatório do seu trabalho ao professor e aos demais grupos.
Esse relatório deverá apontar, de forma resumida, os aspectos relevantes do processo criativo como, por exemplo, a utilização dos conceitos e princípios específicos desse tópico contribuíram na elaboração e execução das ações corporais e o ganho que isso proporcionou em termos de melhora na expressão e na comunicação cênica.
Data de Entrega: 15 de setembro de 2014

Nossa apresentação surgiu da ideia de criar movimentos à partir da forma fluida, tendo como base os órgãos fígado, coração, estômago, pulmão e rins para cada uma das cenas. Cada um desses órgãos fazem parte da teoria Zang-Fu, da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), em que cada órgão é relacionado com um elemento e com uma emoção.

Zang-Fu.png

Pela lei de geração da MTC, um elemento pode gerar o outro, como indicado pelas flechas na imagem acima. Decidimos criar uma apresentação que seguisse este cíclo. Cada cena teria então teria um órgão e uma emoção regentes, que guiariam o resto dos movimentos começando pela forma fluida, seguindo para linear e por fim para o tridimencional.

A história que criamos a partir deste cíclo foi, com referências a cada estágio: Um homem entra em uma briga com a esposa (fígado) e sai para uma balada (coração). Ele começa a ficar preocupado (estômago), triste (pulmão) e com medo (rins). Por fim ele chega em casa e decide se purificar tomando um banho (fígado novamente).

Nosso roteiro é o seguinte:

CENA 1: Movimentos à partir do Fígado gerando Raiva (Matheus) 45'
Forma Fluida: Tremedeira
Forma Linear/Arcada: Derrubar objeto
Forma Tridimencional: Recolher objeto

CENA 2: Movimentos à partir do Coração gerando Euforia (Julia) 45'
Forma Fluida: Pulsar com música
Forma Linear/Arcada: Dançar com movimentos lineares dos braços
Forma Tridimencional: Dança com outro

CENA 3: Movimentos à partir do Estômago gerando Preocupação (Julio) 45'
Forma Fluida: Cabeça-cauda (dor de barriga)
Forma Linear/Arcada: Roer unha
Forma Tridimencional: Sentar envolvendo cadeira

CENA 4: Movimentos à partir do Pulmão gerando Tristeza (Matheus) 45'
Forma Fluida: Suspirando na cadeira
Forma Linear/Arcada: Levantar da cadeira e cair
Forma Tridimencional: Abraçar a bacia

CENA 5: Movimentos à partir do Rim gerando Medo (Julia) 45'
Forma Fluida: Inflar e desinflar os rins (movimento de barquinho)
Forma Linear/Arcada: Levantar e andar (caminhar de bêbado)
Forma Tridimencional: Contato improvisação

CENA 6: Movimentos à partir do Fígado gerando Raiva (Julio) 45'
Forma Fluida: Tremedeira
Forma Linear/Arcada: Despejar água
Forma Tridimencional: Recolher-se na bacia

8 de setembro de 2014

Casa da Videira - Feriado

Nesse feriado que tivemos, fui para Palmeira, para uma chácara de uns amigos que conheci aqui em Curitiba. Eles trabalhavam aqui na cidade com remanejamento de lixo orgânico. No entanto, se mudaram para o meio rural no começo do ano. Vamos para lá trabalhar de voluntários sempre que temos a oportunidade. 

Quando vamos pra lá, fazemos muitos trabalhos que não estamos acostumados a fazer no cotidiano: colher capim pras cabras, carregar sementes pra cima e pra baixo, revolver a terra. E acabamos usando partes do nosso corpo que não estão preparadas pra isso. Sempre tenho uma conversa com o Ricardo bem interessante sobre a musculatura do nosso corpo e nossos esforços físicos quando saímos de lá.

A alimentação dos moradores da estação experimental também é muito diferente da nossa na cidade. Eles consomem muito mais alimentos naturais, que eles mesmos plantam. Enquanto nós nos entupimos de lanchinhos bobos aqui e alí. Como nós somos o que comemos, com certeza o corpo deles acaba sendo diferente do nosso.

O Ricardo, sempre que vai lá, faz um trabalho com os moradores - ele é massoterapeuta. Ele relata que os padrões de desequilíbrio deles é muito diferente das pessoas que moram no meio urbano. 

Talvez seria interessante fazer um estudo de como todas essas diferenças impactam o movemento e a postura deles. 



1 de setembro de 2014

Forma Tridimensional

Acho a forma tridimensional muito interessante pos ela tem um potencial criativo muito grando. Adoro ver e descobrir novos meios de interação entre atores e espaço - atores e objetos - atores e outro atores. Eles se moldando para preencher um espaço e criar um sentimento na plateia.

Achei umas fotos na internet que me chamaram atenção:



18 de agosto de 2014

Sonho Interdisciplinar... mais ou menos

A noite passada sonhei que tivemos uma aula, parecida com a última de movimento, que estudamos a forma fluida e tivemos que fazer movimentos impulsionados pela respiração. No meu sonho, fizemos a mesma atividade, mas ao invés de ser impulsionado pela respiração (ou por um órgão, como estava escrito no texto que lemos pra aula), era impulsionado por um dos 7 chakras do hinduismo. =)

Digo que isto é interdisciplinar - mais ou menos - por que estávamos falando sobre espiritualidade, religião e institucionalização na aula de filosofia. O professor comentou sobre o Hinduismo e o sistema de Castas na cultura da sociedade indiana... e o meu cérebro fez a conexão da religião com a aula da Forma Fluida enquanto eu dormia. 

Acho que se estudássemos os 7 chakras, daria um exercício de corpo interessante: fazer movimentos e interagir um com o outro sendo impulsionado por cada um. 



11 de agosto de 2014

É Jane, é Jane, é Jane Valadão!

Caramba... a montagem que fizemos do Homem da Poltrona foi uma oportunidade de aprendizado imensa!

Como ainda não saiu o a gravação que a PUC fez da peça, assisti apenas às gravações que amigos fizeram no celular... mas fiquei muito contente com o resultado, especialmente da minha postura e dos meus movimentos. 

Quando tirei a foto pro cartaz do Grande Baguette (por que aqui era originalmente uma foto que pintei em um tecido). Tive várias oportunidades de ver e rever as poses que estava fazendo, dentro de personagem, para a tal propaganda. Estava fazendo algumas coisas que não gostava, na pose pra foto, que achava que seria interessante tirar do personagem. Por exemplo: estava fazendo uma jogada de um ombro pra frente - como uma rotação. Na minha cabeça ficaria legal, mas na foto parecia que estava me "fechando" para o observador... e não faz o menor sentido a minha personagem fazer isso. Portanto, dali pra frente, não fiz mais a tal jogada de ombro: nem nas fotos e nem nos ensaios. Infelizmente apaguei as fotos que não usei, mas dá pra perceber na foto ao lado que embora meu corpo e rosto estavam virados, tentei "abrir" a postura para o espectador com o braço esquerdo.

Na construção da Jane, procurei fazer movimentos leves - como já mencionei em outra postagem. Especialmente o deslizar e o flutuar. No entanto, em momentos de coreografia especialmente fiz uso de outras ações básicas, como o socar e o espanar


Tentei utilizar meus braços como recurso visual para ajudar nas ações de deslizar e flutuar, para deixar o movimento maior e mais claro. A criação desses movimentos surgiu a partir do processo de criamento que tivemos baseado em animais (cada um escolhia um animal que representava seu personagem e então a forma deste animal iria se adaptando à forma humana do personagem). No meu caso, escolhi um pavão (macho) e a forma dos meus braços abertos e tensionados, normalmente, eram o que sobraram da cauda do pássaro. =)

Abaixo coloquei várias fotos da peça. Em algumas é possível ver os meus braços estendidos, sendo pavão. 




















Uma parte da cena inicial da peça:=


4 de agosto de 2014

A Gota - em vida real

Decidi levar o exercício que fizemos em sala - de imaginar uma gota de óleo pela pele, pelos músculos e pelos ossos - um pouco além. Realmente fiz a atividade da gota de óleo com uma gota de óleo de semente de uva (originalmente para massagem, e não atividades de atores malucos). =)

Uma das primeiras limitações que encontrei foi a questão da roupa, pois em sala quando imaginei a atividade, relevei a roupa e fiz os movimentos como se a roupa não fosse um empecilho. 

Outra diferença entre o que tinha imaginado em sala e o acontecimento real é a velocidade do óleo. Na vida real, a gota viaja muito mais lentamente do que eu esperava e do que eu fiz em sala de aula. Tive mais dificuldade de sustentar os movimentos quando fiz com a gota verdadeira. (Haja força). 

A terceira questão que eu quis levantar foi a meleca que acaba acontecendo com o óleo. Assim como acontece em uma frigideira, quando o óleo percorre uma parte na nossa pele, fica um pequeno rastro... e à medida que você vai se movendo, você vai se untando ainda mais. =P Fica uma bagunça. 


Fiz um pequeno vídeo pra demonstrar 
como fica o rastro do óleo e a velocidade da gota.

28 de julho de 2014

Volta às Aulas - 2o Período

Voltamos das férias hoje e já não fui na primeira aula do 2o período devido à acolhida aos calouros. =) Ai ai ai...

Cheguei à primeira aula de Movimento para Cena I atrasada e a turma estava falando sobre peças e filmes que tinham visto durante as férias. Comentei que um dos filmes que ví para minha pesquisa de personagem do Homem da Poltrona, The Drowsy Chaperone, (que estreia dia 11 de agosto no TUCA) foi O Grande Gatsby. 

Primeiramente, decidi ver o filme pois sabia que a história também se baseava na alta sociedade americana da década de 20. Na verdade me impressionei com o quanto poderia me espelhar no filme para a peça que estamos montando, especialmente na criação de meu personagem, Jane Valadão. Embora o filme seja um drama e a peça, uma comédia-musical, foi possível identificar alguns padrões de movimento da Daisy Buchanan que seriam interessantes incluir na Jane.



Os movimentos dela podem ser characterizados pelas Ações Básicas de Laban de caráter leve: flutuar, deslizar, pontilhar e espanar. A maioria dos movimentos feitos com uma graciosidade impressionante. =)



Acho que este tipo de movimento do personagem reforça a análise literária que é comumente feita: a personagem apresenta uma fachada BRANCA (de inocência e pureza), no entanto, é AMARELA (corrupta) por dentro - como a margarida/daisy.



4 de junho de 2014

As Lavadeiras

No post de hoje queria compartilhar a minha reação à prova da segunda unidade do semestre. A proposta dada pelo professor era "criar e apresentar uma pequena composição de uma cena dramática com duração entre quatro (04) a seis (06) minutos. Essa composição deverá incluir obrigatoriamente a utilização dos princípios de Expressividade, tais como Fatores de Movimento e suas combinações (Estados, Impulsos, Ações Básicas)."  
Buscamos criar uma cena baseada nas oito ações básicas. O processo de criação iniciou por dividir as ações em duas seções: ações fortes e ações leves. Escolhemos o tema das lavadeiras que possibilitava a criação de uma cena com dois momentos: um com movimentos fortes e outro com leves. Portanto, o enredo ficou estabelecido como o seguinte: de manhã as lavadeiras acordam carregando fardos pesados até a área de lavagem, lavam as roupas, e no final do dia festejam.
O movimento de entrada das mulheres trabalha um Estado Expressivo pesado e desacelerado. Ao enfileirar para lavar roupa, cada mulher inicia uma sequência de ações básicas pesadas. A minha sequência é: socar (bater a roupa), empurrar (esfregar roupa contra tábua), torcer (torcer a roupa) e chicotear (sacudindo a roupa). Depois de fazer todos uma vez nos reunimos para celebrar com uma dança, também utilizando as ações básicas, mas leves. Desta vez fazemos em uníssono: pontuar (encostando as palmas das mãos), deslizar (movimento de girar em círculo), espanar (sacudindo a saia) e flutuar (saída de cena).
O que pude perceber ao criarmos os movimentos foi a diferença e a peculiaridade que cada uma trazia à ação. Como o ideal era que todas fizessem a mesma ação com o mesmo peso, espaço e tempo, não nos preocupamos muito com os trejeitos de cada um. Pois cada mulher – personagem – também tem seu modo de trabalhar e dançar.

Com esta cena buscamos trabalhar o contraste nas ações dos personagens durante o passar do dia, embora todas façam as mesmas movimentações – um tanto quanto monótonas depois de quatro repetições – elas ainda tem força física e moral para celebrar.

28 de maio de 2014

Ações Básicas

Para reter as informações da aula de hoje, e não dar um nó em minha cabeça. O diário de hoje vai ser em forma de vídeo-tabela. =) 

Clique na ação básica para ver um vídeo no youtube:


Ação Básica Peso Tempo Espaço
Socar
Thrust

Forte Acelerado Direto
Chicotear
Slash

Forte Acelerado Indireto
Empurrar 
Press

Forte Desacelerado Direto
Torcer
Wring

Forte Desacelerado Indireto
Pontuar
Dab

Leve Acelerado Direto
Espanar
Flick

Leve Acelerado Indireto
Deslizar
Glide

Leve Desacelerado Direto
Flutuar
Float
Leve Desacelerado Indireto


Estes são os símbolos para cada ação básica. A tradução deles está acima. =)



21 de maio de 2014

Estados Expressivos

Estados expressivos são a combinação de dois fatores de movimento.

    
 Na aula de hoje, elaboramos uma mini-cena utilizando os diferentes estados expressivos. A atividade foi muito legal. Eu gosto quando pegamos a mesma cena que fizemos pra prova e ficamos alterando ela de acordo com o conteúdo novo que vemos em sala de aula. É uma forma de mudar nosso ponte de vista sobre nossa própria criação e permitir que exploremos e desenvolvamos nosso trabalho ainda mais. :)

No entanto, não entendi porque - em um estado expressivo - as únicas combinações que podemos fazer são entre os fatores tempo e peso e entre os fatores espaço e fluxo... :/



14 de maio de 2014

Personagens Completos

Estive refletindo sobre o que escrever sobre o fator tempo, que envolvem movimentos acelerados e desacelerados. Isso me fez lembrar de uma histórinha interativa que eu lia no computador quando era criança:



O que achei muito legal de rever - mesmo a cena introdutória - é como todos o elementos dos personagens giram ao entorno das polaridades dofator tempo. O jabuti tem movimentos lentos (calmos), a voz e o estilo de falar também são descelerados. Por outro lado, a lebre é toda serelepe, seus movimentos são rápidos comparados a um padrão mediano, sua fala é extremamente rápido e parece que até o pitch da voz remete a esse estado afobado. Os personagens até usam cores que remetem a sua personalidade: vermelho para o coelho, que é super passional, rapido e ativo - azul para o jabuti que é calmo, lento e centrado.

Isso foi uma lembrança boa que me levou a refletir como temos que aplicar o conteúdo que estamos aprendendo em sala de aula não só para nossos movimentos, mas também para todos os outros elementos cênicos - voz, luz, sonoplastia...



7 de maio de 2014

Solos de Stuttgart



#impressive

Tirei o chapéu para o espetáculo que fomos ver hoje no Guairinha, dos Solos de Stuttgart. Nunca tinha visto uma performance parecida, de dança-teatro. Adorei a experiência! Espero que possamos fazer mais encontros deste tipo.

Me identifiquei na apresentação da Theresa, não só pelo cabelo vermelho (haha), mas pelo tipo de movimento ondulatório do qual ela fez bastante uso. Sinto que este é o padrão de movimento em que me enquadro também. Já achei o primeiro rapaz, o das maçãs, com um estilo próximo de um outro rapaz da nossa sala. A demonstração da energia, a respiração, alguns movimentos eram parecidos entre o solista e uma apresentação que este colega fez na aula de improviso.

No entanto, o que mais gostei foi o da Anneke, dos Mox Pills. Uma das pills que ela tomava me remeteu muito à última aula, do fator peso. :)

30 de abril de 2014

Ai minha balança...

O fator peso pode ser separado em duas categorias: ativo e passivo. Cada um desses pode ser subdividido entre: leve (ativo), forte (ativo), fraco (passivo) e pesado (passivo). É contra-intuitivo pensar neles nessas categorias por que normalmente - usamos fraco como o antônimo de forte, leve como o antônimo de pesado.

No entanto, se você pensar numa bailarina, ela está ativamente trabalhando para transmitir a impressão de que ela é leve. Ela não é nem pesada, nem fraca.

Quando tivemos a oportunidade de fazer os exercícios em sala, percebi que não é possível fazer todos os movimentos com todas as qualidades. Por exemplo, levantar o braço sempre vai ser um movimento ativo, no entanto abaixá-lo pode ser tanto um quanto o outro.

Tentamos fazer uma levantada de braço fraca durante nossa mini-cena hoje que não estava funcionando bem, até que o professor salientou que movimentos diferente demandarão qualidades diferentes. :)

23 de abril de 2014

Foco e Percurso

O fator espaço - na minha opinião - é o mais denso e dificil de entender de todos. Este fator pode se referir para duas vertentes diferentes: o foco (expressividade) e o percurso. O foco é a atenção da pessoa em questão - ela está com a atenção focada em algo?.  O percurso é o caminho que um movimento faz pelo espaço - o percurso foi o mais curto possível?

O trecho da Fernandes que melhor exemplifica isso é o seguinte...


Um exemplo que imagino para ficar mais claro é o seguinte: um soldado precisa ser eficiente então faz os movimentos mais diretos possíveis. Um bêbado, como não tem controle sobre suas ações e não tem uma noção de espaço muito boa, é um bom exemplo de movimento indireto.